Ano passado fiz um especial Paris que inclui três posts: passeios, comida e comprinhas.
Este ano foi tudo diferente. Um dia liguei para a minha mãe e tive a brilhante ideia de fazer uma viagem com a minha família toda – já que meu marido este ano não poderia sair do trabalho. Foi um pouquinho difícil convencer todo mundo, mas acabou dando certo: fui eu, meu pai, minha mãe e minhas duas irmãs – a gente não viajava juntos, sei lá, acho que desde que quando eu tinha 10 anos de idade!
A gente ficou um bom tempo decidindo em que bairro ia ficar. Quando vou com o Breno, a gente é categórico: tem que ficar em Quartier Latin ou perto de Saint Germain Des Pres. Mas desta vez, optamos por ficar em uma grande rede de hotel, e isso nos levou a ficar em outro bairro, ali bem ao lado da Ópera Garnier – durante o dia é interessante pelas lojas que têm ali perto e a viagem ficou com uma pegada um pouquinho mais consumista: Galeria Lafayette, a loja mais famosa e cheia de turistas comprando, a Printemps é outra galeria grande chiquetosa e que tem as vitrines de natal mais lindas do mundo nesta época, e claro, todas essas outras lojas tipo Zara ou H&M para nós pobres mortais. À noite, já acho menos interessante, porque meus pais sempre optavam em jantar pertinho do hotel – e ali perto, tem poucas opções legais (o que não acontece em Saint Germain).
Foram só 7 dias mas deu para eles conhecerem muitos lugares (e demos boas risadas juntos, porque eu tive a sorte de nascer em uma família de gente muito bacana e super bem-humorada). Meu pai ficou bem impressionado com o silêncio dos parisienses na hora de comer, a quantidade de gente fumando na rua (ele é ex-fumante), ele amou a Ópera Garnier por dentro! Aliás, concordo com ele. É um dos meus lugares prediletos em Paris. A minha irmã mais velha, Patricia, se impressionou com a arquitetura caminhando ali do lado do rio Sena e a Bianca (mais nova), também ficou impressionada com a arquitetura dos prédios antigos da cidade. Minha mãe amou muito Montmartre, a Catedral Notre Dame e Versailles. Nesta viagem descobri algo que não tinha percebido antes – o trânsito de Paris é super engarrafado – a gente andou com uma guia brasileira por dois dias, coisa que até então achava desnecessário (e um tanto elitista, porque é caro e nos faz perder a magia de descobrir cantinhos interessantíssimos andando a pé), mas tudo fica diferente quando você viaja com os seus pais – eles têm outro ritmo (apesar de serem jovens, eles têm menos de 60 anos), não tem a mesma energia para ficar se perdendo andando a pé por aí. Ah, mas ter uma guia que fala a língua local, também tem suas vantagens (as minhas aulinhas de francês não deram conta das minhas necessidades, infelizmente).
Dica: um grupo de 5 pessoas viajando junto é um grupo grandinho, então, sempre reserve antes os restaurantes.
Viajar a Paris no outono tem seu charme! Fica escuro às 17h? Fica sim senhor. Mas tudo bem, não? O frio nesta época do ano ainda não está de cortar a pele (fomos na segunda quinzena de novembro, mas já fui a Paris em janeiro e a coisa fica feia, viu?), o céu ficou 6 dias seguidos bem cinza, acompanhado de garoa fina (eu não me importo com isso, sério, acho Paris muito charmosa com chuva, sem chuva, cinza, azul…) e a maior vantagem: as filas dos lugares estão menores que em alta temporada. Ah, além das árvores fazerem um degradê lindo de amarelos e galhos secos, tem as luzinhas de natal por toda a cidade. Amo muito tudo isso. Vem ver.
Notre Dame, que nesta época do ano fica com este degradê de folhas de outono
Meus pais e irmãs ficaram encantados com o bairro boêmio de Montmartre
Sacré Coeur: amo a vista da cidade lá de cima
Esta é a vista de dentro do barco Bateaux Parisiens, um passeio muito bonito com jantar e música ao vivo – a música é meio baixa e meio cafoninha, e o jantar não é grande coisa. Vale mesmo pela vista privilegiada de Paris à noite e rende ótimas fotos
Visitamos o museu d’Orsay (o único que eles optaram em conhecer por dentro, para a viagem não ficar cansativa) e depois fomos caminhando até a ponte Alexandre III, e passamos pelo Grand Palais e Petit Palais (onde entramos para tomar um café) foi um programa e tanto!
Ahhhh a Ópera Garnier! Vale muito a pena fazer uma visita pra conhecer o suntuoso interior, com suas esbeltas escadarias e icônico lustre. Um sonho? Assistir a um dos balés lá dentro…
Place de la Concorde, linda né?
Eu queria muito que eles conhecessem Versailles, uma pena que a gente tenha ido em um dia feio, cinza e chuvoso (a vantagem é que não tinha fila para entrar). O jardim fica feio nesta época, mas tudo bem, valeu mesmo assim ter ido!
Parque de Luxemburgo é o meu predileto em Paris, não podia deixar de dar uma passarinha por lá… A beleza é outra, repare nas árvores secas, que aliás, me encanta muito!
Algo interessantíssimo de se fazer nesta época do ano, é andar pela feirinha de natal na Champs-Élysées
A gente degustou vinhos com queijos deliciosos na Champs-Élysées, adorei este programinha
Ahhhhhh o cliché master!
Meu pai AMOU o Monoprix, é um passeio e tanto! Eu vim cheia de mostardas, azeites e leitinho para casa (aqueles que vêm em um potinho unitário para misturar com café e que não tem aqui no Brasil) sempre faço isso e adoro
O Conexão Paris fez um post ótimo sobre a parte de comida da Galeria Lafayette (que se chama Lafayette Gourmet & Maison), eu não preciso nem dizer que surtei de alegria lá dentro, né? Um programinha imperdível para os foodies de plantão
Aliás, a gente almoçou lá dentro, em um restaurante grego, foi uma refeição muito gostosa, valeu super a pena
Saladinha grega de entrada estava saborosa
E a moussaka estava incrível (meus pais nunca tinham provado a comida grega e adoraram)
Dentro do d’Orsay tem um café todo decorado pelos irmãos Campana, em uma visita ao museu, vale muito pedir um café e uma eclair tamanho família
Outro lugar que gostei demais de conhecer (por indicação do meu amigo Isaac que morou lá por 5 anos) foi o restaurante da Ópera
Tem um décor modernoso, um cardápio enxuto porém gostoso, e com preços camaradas
Adorei o risoto de cogumelos (23 euros)
O nosso último jantar em Paris foi em um restaurante beeeeem francês e pequeno: pedimos pratos tradicionais e estavam muito bem feitos, como o beouf bourguignon
Fechamos com o duo clássico de sobremesas: profiteroles e crème brûlée
***
Obrigada família linda que Deus me deu (e que amo de paixão)! Vocês são excelentes companheiros de viagem!
